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12/26/2012

Como combater os pensamentos indesejados


Os pensamentos têm uma natureza subtil e subtilmente escapam por vezes ao nosso controlo, como água que foge entre os dedos.

Quantas vezes nos enfrentamos com pensamentos involuntários, inoportunos, inquietantes, obscuros... que não desejamos e que não representam o nosso melhor? E quantas vezes tentamos combatê-los sem sucesso, parecendo que eles ainda tomam mais força? Essa luta poderá ser ainda mais sofrida se formos conscientes que os pensamentos constroem a nossa realidade.

O que fazer? Como ganhar essa luta?

12/17/2012

Percepção ou realidade

A mente humana é um mundo insondável que desafia a nossa ambição pela racionalidade. No entanto, quanto mais entendemos os meandros dessa irracionalidade maior a probabilidade de termos sucesso.

Quem desenvolve bem este conceito é Al & Laura Ries no seu livro "Guerra entre Mundos". Falamos aqui do mundo da gestão contra o mundo do marketing. Os autores desenvolvem vários conceitos e princípios do marketing e explicam como estes diferem da visão da gestão.

A gestão assenta em fundamentos racionais e é perita a lidar com a realidade. O marketing, que poderia ser definido como psicologia em prática, preocupa-se com a forma como o consumidor vê essa realidade.

Apesar da sua racionalidade, a gestão debate-se frequentemente com o peso de decisões erradas. Isto acontece porque não é a realidade mas sim o mundo subtil das percepções que determina os resultados obtidos.

É curioso observar que o marketing e a sua ambição de conquistar um espaço na nossa mente, tem regras que violam o senso comum. Como os autores demonstram, o marketing é uma ciência contra-intuitiva e, por isso, muitas vezes desrespeitada. Isso comprova o quanto nós, seres humanos, não nos conhecemos a nós próprios!


12/10/2012

A curiosidade

A curiosidade alimenta a criatividade, alarga os horizontes da mente para explorar novos assuntos e diferentes perspectivas. Faz-nos sair da zona conforto, dos limites das nossas responsabilidades, das nossas fronteiras e explorar o que habita para lá delas.

Quem vive na sua caixa, no seu quintal, não saindo dele salvo sob ameaça de morte, cristaliza lentamente. Nada acrescenta de novo ao mundo que este já não saiba.

Pelo contrário, quem é curioso torna-se criativo. A criatividade é, entre outras coisas, a capacidade de fazer conexões inesperadas entre assuntos e áreas díspares. É a capacidade de imaginar o futuro, de solucionar o impossível, de fazer a diferença, de acrescentar valor. É aquilo que nos transforma de humanos em deuses.


12/03/2012

Hipocrisia

O que aconteceria se tivéssemos a coragem e a ternura para sermos nós próprios de forma transparente? Parece-me que aconteceriam coisas boas, no entanto temos pavor a essa ideia. Precisamos de máscaras sucessivas, sobrepostas e intermináveis... e assim construímos um mundo de hipocrisia.

São diversas as dimensões onde isso acontece. Desde a política e os jogos de poder até ao recato da vida privada. Um exemplo que me intriga é o dos relacionamentos e da fidelidade. É curioso observar como as pessoas se casam, juram "fidelidade", são "infiéis" mas juram que não e assim continuam o jogo das aparências, por fim descasam-se apenas para recomeçar tudo de novo. E o mais curioso é que, para além de mentirosos ainda somos infelizes!

Eis um interessante desafio para a ciência: onde será que mora o gene hipócrita? Onde reside o nosso medo visceral à transparência?


11/26/2012

Evolução


O homem moderno imagina-se o ápice da evolução, com as suas conquistas tecnológicas e avanços sociais. Exploramos o Universo, professamos a democracia e até já ouvimos falar em direitos humanos. Por infelicidade há apenas uma pedra no sapato, chamada economia, que tem incomodado bastante ultimamente.

Por vezes pergunto-me: "para onde vamos"? Não sei, mas sei que não vamos em linha recta. A nossa história é cheia de avanços, recuos, curvas, contracurvas e alguns despistes.

11/11/2012

O que as crenças dizem sobre nós

A cultura, a mentalidade, as crenças têm tanto de interessante como de inquietante. E porquê? Porque as nossas crenças determinam a forma como vemos o mundo. Aquilo que que chamamos realidade é uma percepção filtrada e distorcida pelas lentes da nossa cultura. Formam um quadrado, fora do qual a nossa visão não alcança.

Católica de berço, já há algum tempo que as minhas asas voaram para lá desse quadrado. Mas é quando a ele regresso, que noto o poder das crenças e de como elas podem moldar e limitar o alcance da nossa visão.

10/27/2012

Poder

Muitas pessoas ambicionam poder, ao ponto de até usarem meios menos próprios para atingirem esse fim. O poder tem a capacidade de preencher o ego, gerar sensação de segurança e de superioridade. É também uma forma de realização pessoal.

Mas este poder, embora apetecível, é pequeno, é externo e é passageiro. Quantas são as pessoas que estando no poder estão vazias do mesmo? Muitas das nossas angústias decorrem do poder ser exercido por fracos, cobardes ou neuróticos.

A mim fascina-me o poder que vem de dentro de nós:

O poder do líder, que inspira, influencia e mobiliza.
O poder do empreendedor, que faz acontecer.
O poder do visionário, que antecipa e constrói o futuro.
O poder do missionário, que transforma o mundo com amor.
O poder do iluminado, que se conhece e domina a si mesmo.
O poder do sábio, que é senhor do seu destino.
...

O mundo será diferente no dia em que todos nos tornemos mais poderosos. Sou tentada a pensar que uma sociedade iluminada é aquela em que o poder é exercido por pessoas com poder!

10/19/2012

Crescer

Aprendi com Napoleon Hill a importância dos heróis e o poder da admiração para moldar a nossa personalidade. Já falei sobre isso num post anterior, onde descrevi a técnica de mentalização que Napoleon Hill utilizava.

Eu tenho como regra eleger para meu herói pessoas que me inspirem e que eu reconheça que são pelo menos 100x melhores do que eu em alguma ou várias áreas. Pensar nessas pessoas, sentir a sua força, a sua visão e o seu poder de realização é algo que me move de forma visceral.

Eu deveria saber que a mentalização é uma força poderosa. Mas confesso que não estava à espera que um desses heróis caísse na minha sopa sem aviso prévio.

É um privilégio poder interagir de perto com pessoas que nos inspiram muito, mas por algum motivo insondável, eu comecei a sentir-me angustiada, inquieta, triste em vez de feliz. Foi então que percebi que estava esmagada pela imensidão da minha insignificância. É uma sensação de choque, profundo, sufocante.

Claro que o reverso da medalha é a oportunidade quase infinita de crescimento! Mas crescer e transformar-se é uma atividade dolorosa. Que o digam as borboletas!

10/14/2012

Como reprogramar o subconsciente e atingir o que se deseja

A Marie Forleo é uma americana que vale a pena seguir. No seu site www.marieforleo.com partilha semanalmente dicas para o sucesso nos negócios e na vida.

Um dos seus últimos vídeos é excecionalmente bom. Em entrevista com a Dra. Cathy Collautt revela um guião em 5 passos para a reprogramação da nossa mente subconsciente. Sempre que nos propomos um objetivo e não o atingimos é provável que haja uma resistência subconsciente a sabotar o nosso sucesso. Por isso, é importante saber reprogramar o subconsciente para o alinhar com o consciente.

Os 14min de vídeo valem mesmo a pena. Para aqueles que não são tão fluentes em inglês, faço abaixo um pequeno resumo.

10/07/2012

A dança da vida

Detesto quando os meus planos não se concretizam, ao ponto de ficar a bater com a cabeça contra o muro dos obstáculos. As minhas piores neuroses acontecem nesses momentos! A vida é negra e o ser humano é decadente e sem esperança. Depois de consumida a neurose, o sol volta a brilhar.

As pessoas sábias não são assim. São impassíveis às dificuldades e movimentam-se pela vida com graciosa determinação. São como os bailarinos, detêm tal conhecimento e controlo de si, que fazem da vida uma dança, com movimentos imprevisíveis e inimagináveis.

Fiquei inspirada por essa metáfora. Imaginar a vida como uma dança onde cada dificuldade ou obstáculo serve de mote para o próximo movimento gracioso. Sem os obstáculos não haveria a dança.
Lost in Motion
Roberto Bolle

9/29/2012

Código de Honra


Geralmente nós somos os nossos piores inimigos. Somos nós mesmos quem boicotamos os nossos sonhos, ambições e propósitos.

Acontece-me muitas vezes ter um objetivo, desenhar um plano para o atingir e nada acontece. Isto porque o plano, ou a declaração de intenções aconteceu na minha mente, mas o peso dos hábitos instituídos e gravadas em cada célula do corpo foi mais forte e boicotou a mudança. Isto é particularmente visível se estiver em questão a alteração de comportamentos ou traços de personalidade.

Dou por mim a pensar: "Eu quero que isto aconteça desta forma. Mas, como é que me posso defender de mim própria?"

9/21/2012

Dr. Claw - da infância para a realidade


Por vezes presencio cenas reais que são como alavancas que me fazem viajar no tempo de regresso ao melhor da minha infância.

Nessa altura eu adorava ver os desenhos animados do Inspector Gadget e a forma divertida como ele chamava os seus gadgets: "vai vai gadget, vai!". O vilão da história era o Dr. Claw, cujo rosto não aparecia e estava sempre acompanhado de um gato com ar malvado. Recordo claramente que sempre que os planos do Dr. Claw saiam frustrados, ele esmurrava a mesa e vociferava "estou rodeado de incompetentes!". Antes disso, ele tratava os seus agentes com gritos e ameaças.

Já várias vezes presenciei chefes coléricos a gritarem "estou rodeado de incompetentes". Invariavelmente lembro-me da minha infância e do Dr. Claw... qualquer semelhança, será pura coincidência? E fico a pensar o quanto podemos aprender com um simples desenho animado!

9/17/2012

A importância dos heróis

A admiração é uma força poderosa. Quando admiramos alguém a nossa mente fica galvanizada pelas qualidades dessa pessoa ou arquétipo, captando-as, imitando-as, absorvendo-as. Por esse motivo, quem nós admiramos diz muito sobre quem nós somos ou seremos.

Aprendi com Napoleon Hill uma técnica de como usar a imaginação e os nossos heróis para moldar a nossa mente e personalidade de forma a adquirirmos as qualidades que nos levem ao sucesso.

9/01/2012

O mundo das ideias

A criatividade é uma forma do ser humano se expressar e é algo que nos diferencia como espécie. Sonhar, imaginar, inventar, mudar, criar, melhorar são verbos que conjugam a criatividade.

Já alguma vez te debateste com um desafio, sem ver saída nem solução, até que espontaneamente te surgiu uma ideia e tudo se resolveu de imediato? Estes insights acontecem precisamente quando não estamos à procura deles e são como um relâmpago que ilumina a nossa visão.

De onde é que vêm estas ideias?

8/26/2012

Egos

A Terra vista de Marte

Em 1543 é publicado o livro de Nicolau Copérnico que levanta a hipótese da Terra girar em torno do sol. Mais tarde, Galileu desenvolve e difunde mais essa teoria, chegando mesmo a enfrentar a Santa Inquisição.

Não obstante a genialidade destes nossos tetra-avôs, o conceito do heliocentrismo continua a ser abstrato para nós... ainda achamos que o universo gira em torno do nosso umbigo.

Somos como aquela gota no oceano, convencida que toda a imensidão azul foi criada por sua causa.

O nosso ego hipertrofiado revela-se, por exemplo, na forma como tratamos a natureza e os animais. Acreditamos mesmo que eles existem para nosso proveito!

Frequentemente ouço alguém dizer, a respeito do sofrimento e maus tratos que sofrem os animais que os humanos comem, "se eu não o comesse ele nem sequer existia." ou então "é para isso que eles existem!"

E nós, humanóides terrestres, para que é que existimos?

8/18/2012

Re-Encontros

Rever amigos antigos, queridos, e descobrir que no seu percurso se tornaram pessoas profundamente realizadas desenha um sorriso rasgado no meu coração.

Não há nada mais inspirador do que conviver com alguém que, a cada dia, materializa o Propósito da sua vida!

8/12/2012

Poliglotas

Há pessoas que têm uma facilidade natural para aprender línguas, algo que eu invejo, pois não nasci com esse dom. O que para mim são horas de estudo, para outros surge naturalmente pelo simples contacto com a língua.

Falar várias línguas permite-nos viajar pelo mundo e comunicar-nos com as pessoas de cada local, perceber as suas culturas, enriquecer-nos mutuamente. Sem essa capacidade, se todas as pessoas apenas falassem a sua língua, o mundo era muito mais pobre, literalmente. E a globalização seria tecnicamente possível, mas humanamente impraticável. 

Entretanto, não é só no mundo que existem muitos países e muitas línguas. Nas empresas isso também acontece. E entenda-se empresa no sentido lato, incluindo todo o empreendimento que pretendamos materializar.

Facilmente, numa mesma reunião, podem estar pessoas que falam comercialês, marktês, informatês, contabilês, financês, advogadês ou enginheirês. Nesse cenário, a pessoa que for capaz de falar as várias "línguas" é aquela que consegue gerar mais impacto, conjugar o esforço de todas as áreas e produzir resultados.

Desta forma, para liderar ou empreender com sucesso, também é preciso ser um "poliglota".

8/04/2012

Utopias

Confesso: por vezes dá-me para a filosofia e outras vezes para a utopia. Essa minha vertente idealista faz com que não me sinta nada orgulhosa da sociedade e da humanidade a que pertenço. Conheço e admiro as grandezas de que o espírito humano é capaz, mas quando faço a média de todos os humanoidezinhos que habitam a Terra, digamos que eu vejo muitas oportunidades de melhoria!

Nas minhas divagações idealistas penso muitas vezes para onde é que a humanidade caminha? Será que nos últimos milénios a humanidade realmente "evoluiu"? É suposto a experiência acumulado nos tornar mais sábios e, com o passar das eras, construirmos sociedades cada vez mais harmoniosas? Ou a nossa natureza é a que conhecemos e estamos condenados a repetir infinitamente a história? É suposto que os exemplos de pessoas grandiosas, iluminadas, capazes de grandes feitos, se propague e arraste lentamente a massa humana para esse padrão? Ou os génios da humanidade imigram para outras paragens, tal como fez Fernão Capelo Gaivota, permanecendo a massa humana inerte, sempre no mesmo patamar?

Como é que deveria ser o mundo? Bem, são muitas perguntas. Existem respostas possíveis:

7/29/2012

Paralysis Perfectionis


Quem foi que nos incutiu a ideia de que temos de ser perfeitos? A angústia pela perfeição parece-me relacionada com a aversão ao risco, o medo de falhar.

Uma característica dos empreendedores é a visão pragmática das situações, a orientação para o resultado, o "fazer acontecer". Sabem que a excelência decorre do experimentar, de uma melhoria contínua.

No entanto, para quem não tem esse perfil tão pragmático, é fácil cair na paralisia da perfeição. Estar constantemente à espera de aprender a última técnica, de fazer a última melhoria para chegar à perfeição naquilo que pretende fazer. Com isso o tempo passa e o projecto ou nunca se materializa ou materializa-se de forma perfeita, mas tarde demais.

Por isso, quando sonhamos com um projecto, a palavra de ordem é "faz!", à medida que agimos, que materializamos a ideia, a visão tornar-se mais clara, as dúvidas inicias vão-se esclarecendo e aprendemos infinitamente mais do que apenas sonhando.

A chave está em vencer a inércia, seja da perfeição ou qualquer outra. Como diria um amigo meu, faz-se caminho ao andar!

7/21/2012

Os portugueses e o poder

Somos provincianos na forma como lidamos com o poder. O lidamos refere-se aos portugueses. E o que mais me surpreende é que vejo o mesmo perfil desde o estagiário ao director geral.

Cultuamos o "chefe": profundamente preocupados em lhe agradar, ou em defender-nos, fazendo estritamente o que ele diz. Sentimo-nos inferior ao chefe e, muito comodamente, entregamos-lhe o poder de todas as decisões. E os chefes também alimentam esta atitude: "o que eu digo é lei e que ninguém a desafie".

Não estou a defender nenhum tipo de anarquia, mas sim uma cultura mais criativa, mais paritária, onde todos os elementos têm uma visão válida a partilhar, a defender. A decisão final pertence ao gestor, mas todos os elementos têm uma atitude pro-activa na decisão e na implementação, sentindo-se co-responsáveis pelo rumo tomado.

Talvez por isso eu sinta tanta falta de líderes em Portugal. Não há cultura de liderança, de desenvolvimento do capital humano, de promoção de talento. Quanto mais interajo com pessoas de outros países mais noto este perfil.

Será que ainda carregamos a herança de Salazar? Ou será que Salazar e todos os déspotas anteriores e vindouros surgiram de dentro de nós, do nosso comodismo de confiar a outros o nosso destino?

7/15/2012

O paradoxo da segurança


Nós gostamos de segurança. Gostamos de sentir que controlamos a mudança constante e a instabilidade, a incerteza inerente à vida. Camões escreveu que "o mundo é feito de mudança", mas a incerteza incomoda-nos.

Por isso procuramos garantias de segurança, exteriores a nós. Essas garantias podem vir do governo, da lei, da família, excepto de nós mesmos! É mais cómodo entregar em mãos alheias a responsabilidade pelas nossas acções e pelo nosso bem-estar.

Existe, no entanto, um paradoxo. É a ilusão de segurança que nos leva a tomar decisões mais arriscadas. Se retirarmos essa ilusão, tomaremos melhores decisões. Vejamos alguns exemplos:

7/10/2012

Botões

Tenho constatado um padrão curioso... por vezes uma observação simples ou um comentário meu inocente desencadeia uma reação inesperada e desproporcional em outra pessoa. Em alguns casos basta referir alguma palavra mágica para a pessoa interpretar de forma totalmente enviesada a mensagem e reagir da forma mais inadequada.

Por vezes o disparate é tal, que parece que estamos perante um boneco no qual se carregou naquele botão que o faz dançar furiosamente, totalmente fora de si. Por momentos, a pessoa encarna alguma personagem sinistra.

Como estas situações já me aconteceram várias vezes, criei um novo passatempo. Consiste em descobrir o "botão" de cada pessoa. Já descobri vários, alguns surpreendentes. E como é um passatempo, a situação até se torna divertida. A diversão seguinte é procurar o "botão OFF" que desligue o diabrete.

Com isso pensei, parece que toda a gente tem o seu botão. Portanto, também devo ter o meu. Pois, confirma-se, já detetei vários! E tu, tens algum? :)

6/24/2012

Conversas com Deus (:

Se tivesse de escolher o livro da minha vida, a escolha seria "Conversas com Deus" de Neale Donald Walsch publicado em Portugal pela editora Sinais de Fogo. Apesar do título, é um livro profundamente naturalista, sensorial e des-repressor que me marcou muito e que não me canso de reler. Está escrito na forma de um diálogo entre o autor e Deus e discorre sobre os mais variados assuntos, desde os nossos dilemas pessoais, os problemas da sociedade até às leis que regem o Universo.

Vou citar um dos trechos mais bonitos do livro... fazendo no entanto uma ressalva: para apreciar a beleza que está lá fora é preciso primeiro desbravar a beleza dentro de nós! 

" - Como devemos lidar com esta incrível experiência chamada sexualidade?

Não com vergonha, seguramente. E não com culpa, não com medo. Porque a vergonha não é virtude, a culpa não é bondade e o medo não é respeito.
E não com luxúria, porque a luxúria não é paixão; não com abandono, porque o abandono não é liberdade; e não com agressividade, porque a agressividade não é impetuosidade.
E, obviamente, não com ideias de controlo ou poder ou domínio, porque essas nada têm a ver com Amor.

6/22/2012

Águias e Galinhas

Assisti recentemente a um vídeo de Seiti Arata onde ele explora a fábula da Águia e da Galinha num contexto empresarial. Fiquei inspirada, ao visualizar como será diferente a nossa vida e sucesso profissionais conforme optemos por ser águia ou galinha.

Embora sejam ambas aves com bico e penas existem diferenças espantosas:
 
A galinha...
  • Existem aos milhares!
  • Tem medo.
  • Não voa.
  • Come restos de comida ou cisca insectos no chão.
  • O final da sua vida é a panela.
  • Vive num lugar limitado: o galinheiro.

6/11/2012

O poder da mentalização

Já te aconteceu despertares interesse por um tema específico e, de repente, encontrares à tua volta imensas referências a esse tema? É o velho exemplo da mulher que ficou grávida e, de repente, vê na rua um número anormal de mulheres grávidas. Na verdade já lá estavam, mas só agora é que ela as está a ver.

Este fenómeno é interessante, porque demonstra que a nossa mente é na verdade um descodificador da realidade. Captamos aquilo que temos predisposição para captar. O que só vem demonstrar que a realidade é uma questão de óptica. Cada pessoa capta apenas uma pequena fracção dela.

6/04/2012

Árvores...

Tenho um fascínio por árvores, como se algo dentro de mim fosse semelhante a elas.

Uma presença discreta, silenciosa mas imponente.
A solidez das raízes que se aprofundam sem medo na escuridão da terra.
A grandiosidade sonhadora do ramos que se abrem e se estendem para o céu.
Sólidas mas leves, dançam ao som do vento que as fustiga.
A generosidade de quem dá porque essa é a sua natureza.
Dá a sua sombra, a beleza das suas flores, os seus frutos, o abrigo sob os seus ramos.
Uma fonte de vida: os pássaros que nelas têm a sua casa, os frutos que a todos alimentam, o oxigénio que respiramos.
São amor em tom verde. Folhas sedosas que acariciam o olhar.
Uma presença que perdura no tempo, anos, décadas e séculos.
Testemunhas silenciosas das nossas conquistas e das nossas loucuras.
São a personificação de sábios anciões, que guardam a sua sabedoria apenas para aqueles que a queiram entender.
Despertam em mim reverência e paixão.


5/28/2012

Rir, é o melhor remédio?


Inteligência emocional é um tema que me faz pensar, mesmo sem nunca o ter aprofundado. Observo a relação que existe entre este nível de inteligência e a capacidade de liderança.

Conheço alguns casos de líderes desastrosos que estão na categoria de "boas pessoas". Mas, apesar da boa índole, a incapacidade de gerir as suas emoções e perceber as alheias, mina os resultados que obtêm.

Eu não saberia definir "inteligência emocional", mas sei claramente quais são os momentos em que  a pouca inteligência me ataca! Momentos em que o ressentimento, o ego ferido, o complexo de inferioridade e mais um sem-fim de taras monopolizam o espaço entre as duas orelhas, num tagarelar constante. O difícil, por vezes, não é tomar consciência que estou nesse estado... o difícil é retomar o controlo da situação.

5/20/2012

Emoção: chave para o sucesso

Comecei a ler recentemente um clássico: "Pense e fique rico" de Napoleon Hill, um jornalista que durante 20 anos estudou e compilou as leis do sucesso.

O livro aborda um tema que para mim é fascinante: como os pensamentos e emoções que nós plantamos no nosso inconsciente influenciam os nossos resultados.

5/19/2012

Arte cósmica


O Universo é algo que sempre me fascinou. Desde criança que dou por mim a contemplar o céu e a imaginar o que há para além dessa fronteira azul. Pensar que somos tão pequenos perante a dimensão do imponderável.

E as fotos que nos chegam são comoventes. Eu fico parada a contemplar, emocionada com tanta beleza. Cada foto tirada pelo Hubble é uma obra de arte incomparável. Qual é o artista que consegue competir?

5/15/2012

1050

Desconhecia que escadas e poesia pudessem ter alguma relação. Mudei de ideias quando após 1.050 degraus, um copo de água e um sofá tive este insight :)

Habito o meu corpo! O coração bate, o sangue corre e aquece cada célula. Os pensamentos calam-se, espantados, para ouvir esta sinfonia e sentir... sinto-me a mim, sinto-me viva!

5/13/2012

Como medir a riqueza?

 Todo o empregado sonha com um aumento, um salário generoso, diversas comodidades. Todos nós queremos ser ricos, mas a riqueza não está aí.

Mesmo que ganhe 10.000€ por mês, se depende do seu salário para sobreviver, não é rico! O que acontece se perder o emprego? Adoecer? Deixar de trabalhar? Se somos dependentes, não somos ricos. Vagamos entre uma escravidão mais ou menos confortável. O rumo da nossa vida pertence a outrem: seja ele a empresa onde trabalhamos ou o Estado que nos assiste.

Para mim riqueza equivale a liberdade. Liberdade para usufruir do seu tempo como entender. Liberdade de ser e realizar aquilo que vibra dentro de si. Liberdade é um conceito que me atrai intensamente. Implica também responsabilidade e auto-determinação.

Aprendi com Kiyosaki que a riqueza não se mede em euros, mede-se em dias: quantos dias consigo viver sem trabalhar?

5/06/2012

Inimigos?

Há algo de irreverente na sabedoria: uma visão do mundo que nos surpreende, que desafia os lugares-comuns, que expande os nossos horizontes e revela a realidade sob outras facetas.

Adoro essa sábia irreverência! E um exemplo dela é a visão sobre os inimigos que DeRose desenvolve num post do seu blog:

“Amigo e inimigo são como o yin e o yang. Precisamos dos dois. Uma árvore cresce para baixo e para cima. Para baixo, cria raízes que se desenvolvem nas trevas, mas sem as quais a árvore não teria força nem estrutura para manter-se em pé. Os inimigos são as raízes; e o amigos, os ramos que a fazem florescer.

Dessa forma, os amigos nos proporcionam a auto-estima tão importante para qualquer ser humano, mas são os opositores que nos cutucam e empurram para a frente. O agressor sente uma satisfação malévola ao alfinetar, porém o que ele não percebe é que a Natureza lhe projetou esse dispositivo para obrigá-lo a ajudar aqueles que ele odeia. Pergunte a um amigo se sua roupa está boa e o amigo dirá que sim. Mas o antagonista, mesmo não sendo consultado, proporcionará uma visão crítica que o amigo deixaria passar. Com isso, o adversário estará auxiliando muito mais o progresso daquele a quem ele preferia prejudicar." 

Visto desta perspectiva... quem quer ser meu inimigo? :)

4/30/2012

Como gerir o medo de falhar!


Hoje volto à minha fonte de inspiração dos últimos meses, o livro "Little Voice Mastery" de Blair Singer, para falar de uma das técnicas de reprogramação que o autor aborda: como enfrentar o medo e a intimidação.

Um novo desafio profissional, uma negociação difícil, aquela conversa com o chefe, o primeiro encontro com a cara-metade... Já todos nós passamos por alguma situação em que nos sentimos inseguros, angustiados porque não podemos falhar, mas duvidando das nossas capacidades para ter sucesso.

4/25/2012

Um olhar...



"Há aqueles que se sentem feios de corpo e de coração, porque nenhum olhar de amor os libertou do desprezo de si próprios."

in O Rei, o Sábio e o Bobo

4/22/2012

Homens comuns?

É interessante que as nossas "antenas" captam aquilo para o qual estamos predispostos.

Esta semana tive o privilégio de assistir presencialmente a uma aula com DeRose. No decorrer da sua exposição, houve uma frase que me fez reflectir: "para não responder a uma ofensa com outra ofensa é necessário ter uma auto-estima muito elevada." Caso contrário, não passamos de homens comuns, que respondem à agressão com agressão.

A auto-estima está, por isso, ligada à nossa inteligência emocional: se for elevada, a ofensa não nos atinge e conseguimos perceber por que motivo a outra pessoa está a agir daquele modo. Com baixa auto-estima qualquer pequeno percalço é percebido como um ataque pessoal, que cega como um raio o alcance da nossa visão, sentimo-nos ameaçados e atacamos de volta.

Aumentar a nossa auto-estima consiste, por isso, em expandir a nossa consciência!

"Tenho mais almas que uma."

Sabendo que eu gosto de Fernando Pessoa e na sequência do post anterior, uma amiga minha enviou-me o seguinte poema, que eu desconhecia:


Vivem em nós inúmeros;
Se penso ou sinto, ignoro
Quem é que pensa ou sente.
Sou somente o lugar
Onde se sente ou pensa.

Tenho mais almas que uma.
Há mais eus do que eu mesmo.
Existo todavia
Indiferente a todos.
Faço-os calar: eu falo.

                                          Os impulsos cruzados 
                                          Do que sinto ou não sinto 
                                          Disputam em quem sou. 
                                          Ignoro-os. Nada ditam 
                                          A quem me sei: eu ’screvo                                  

                                          Ricardo Reis

4/12/2012

O músculo da vontade

Eu gosto muito de Fernando Pessoa e à semelhança dele parece-me que também nós carregamos várias identidades, várias pessoas numa só. Um exemplo é a alegoria de que todos temos um eu-anjinho e um eu-diabinho que brigam pela nossa atenção. Há momentos em que somos grandiosos, há momentos em que somos mesquinhos, agora criativos, logo pragmáticos... como bem sintetizou um amigo meu: "eu sou nobre e egoísta ao mesmo tempo".

Se fosse usar uma alegoria, diria que a pior parte de mim é uma criança insolente e mimada, que quer fazer apenas aquilo que lhe apetece e se interroga como se atreve o Universo a não lhe obedecer! Se não estivermos conscientes, é fácil dar o controlo ao eu-diabinho, deixar que as nossas emoções mal conduzidas assumam o comando.

4/10/2012

Teoria e prática

Li recentemente um pensamento que me fez reflectir. Dizia algo como: não esperes para ser o presidente da empresa, ou o ministro influente, ou o guru famoso para aplicares o que já aprendeste de liderança e relacionamento interpessoal.

Certamente, só alcançaremos os desejados lugares de destaque se começarmos desde já a desenvolver estas competências. Elas são o meio para lá chegar e não o contrário.

Por vezes ocorre-me o óbvio! É óbvio que cada circunstância do dia-a-dia é uma oportunidade de testar e aplicar todas as teorias e conceitos que já aprendi... e só colocando-os em prática é que realmente aprendo!

4/02/2012

Como gerir o fracasso

Ninguém gosta de fracassar. No entanto, e parafraseando DeRose "tanto a derrota quanto o sucesso estimulam ao progresso".

No último post falei de como gerir o sucesso e criar um círculo virtuoso que se auto-alimenta. De acordo com Blair Singer, a chave para lidar com o fracasso é exactamente o oposto de como lidamos com o sucesso e pode-se resumir em três passos:

3/26/2012

Lidar com o sucesso

 Nunca me tinha ocorrido que precisamos aprender a gerir os nossos sucessos; que saber lidar com o sucesso é tão importante como saber lidar com o fracasso!

 A verdade é que nem sempre lidamos bem com o sucesso. Talvez haja uma vozinha na nossa mente a dizer que "tivemos apenas sorte", que "foi um acaso", que "a nossa conquista não é nada de especial", que "não merecemos esse protagonismo". Pode ser muito revelador estarmos atentos ao que dizemos a nós próprios em cada situação!

3/18/2012

Como aumentar a nossa confiança

No seu mais recente livro, "Little Voice Mastery", Blair Singer declara que a distância para o sucesso ocupa apenas o espaço entre a nossa orelha direita e a nossa orelha esquerda. O autor explora o impacto do nosso diálogo interno ("little voice") nos resultados que atingimos. O livro é de fácil leitura, com linguagem simples, repleto de dicas práticas e técnicas para reprogramarmos a nossa mente e as nossas emoções.

Neste post e nos seguintes vou resumir e comentar alguns dos conteúdos que achei mais interessantes, esperando também aguçar a curiosidade para que te aventures na leitura do livro. 

Sonhos: confiança vs resistência

Já te aconteceu teres um sonho? Quereres muito atingi-lo, mas por alguma razão imponderável, nunca conseguires tempo ou energia para trabalhar nesse sonho? Haver sempre algo mais urgente ou mais importante para realizar antes? Haver sempre uma desculpa?

3/15/2012

Fórmula mágica

Já te aconteceu lutares contigo para mudares algo na tua personalidade... luta inglória, escusado será dizer? Onde pequenas conquistas são feitas à custa de um gasto desproporcional de energia?

Recentemente eu tive a experiência contrária: percebi uma mudança muito significativa em mim sem ter despendido qualquer esforço no processo. Melhor ainda, não me apercebi do mesmo até que alguém me comprovou com factos a mudança que conquistei em um ano. Nesse período tinha deixado de ser uma pessoa exageradamente detalhista e desenvolvi uma visão mais global e estratégica.

Fiquei abismada e comecei a reflectir em como é que isso tinha acontecido? A magia ocorreu pelo simples facto de eu respeitar e admirar muito uma pessoa que tem essa característica bem desenvolvida. Instintivamente assimilei-a. Foi mimetismo, nyása.
 
Aprendi a fórmula mágica: para alcançar uma mudança preciso apenas de admirar e conviver de forma próxima com alguém que já vivencie aquilo que eu desejo. Este é o poder das nossas referências e das egrégoras com que escolhemos interagir.

3/12/2012

Metamorfoses

Uma amiga minha assumiu temporariamente uma nova função no seu trabalho. Em conversa falávamos de toda a aprendizagem necessária para assumir o projecto, das dificuldades e dos sacrifícios iniciais, quando ela disse algo que me fez reflectir:

"Não estou preocupada com a duração do projecto, o que me interessa é que nunca mais serei a mesma depois desta experiência."

Eu pensei... realmente após cada projecto, desafio, sonho realizado, eu também deixei de ser a mesma! A minha visão, experiência e mente tinham mudado, tinham-se expandido. Talvez nem eu reconhecesse a Cristina de há cinco anos.

Esta é a magia das dificuldades, dos desafios, da coragem de sair da nossa zona de conforto: crescemos, desenvolvemos todo o nosso potencial, que de outra forma ficaria perdido na mediocridade. Por isso, e parafraseando Blair Singer, diverte-te com a adversidade!

3/10/2012

Poesia...

O inferno é feito de pensamentos desordenados, atribulados, em catadupa, fora do meu controlo, como uma manada de touros furiosos.

O paraíso é não pensar.

Procuro o não pensar e as respostas surgem, o caminho abre-se, a energia é transbordante, a felicidade contagia. A confiança em mim aumenta e alimento-a... até eu ser do tamanho do infinito!

3/04/2012

Ultrapassar a adversidade em 1 minuto!

Há pessoas que têm o dom de se expressar de forma tão clara que os conceitos atravessam agilmente as paredes da nossa mente e ficam gravados no DNA das nossas células!

Um dos autores que tem esse efeito em mim é Blair Singer. Ele pertence à equipa dos Rich Dad Advisors e dá formação sobre Little Voice Mastery e desenvolvimento de competências em vendas, liderança e relações inter-pessoais.

3/01/2012

Somos do tamanho da nossa visão


Acontece muitas vezes esforçar-nos para atingir um objectivo, damos o nosso melhor, tentamos, lutamos, trabalhamos, e os resultados não aparecem. Ficamos frustrados, revoltados, deprimidos, cansados, desistimos talvez e não entendemos por que motivo é tão difícil para nós algo que para outros é tão natural.

Pois, a resposta é simples: nunca poderemos ser maiores do que a ideia que temos de nós próprios. Não adianta procurar o sucesso, se na nossa cabeça achamos que não somos capazes ou que estamos destinados ao fracasso.

Este conceito ficou estrondosamente claro na minha mente ao ler um trecho de um livro de Blair Singer, e que passo a citar:

You can never out-perform your self-concept. In other words no matter what results you are striving for in your life - money, health, relationships, success - no matter how hard you try, you can never exceed your vision of yourself.
The Little Voice Mastery
 Blair Singer

2/26/2012

Alta Performance: para lá do factor tempo!





Por vezes passam por nós pérolas e há algum tempo chegou até a mim um vídeo que eu classifico nessa categoria. Trata-se de uma palestra dada por Tony Schwartz aos colaboradores do Google sobre produtividade e alta-performance.

Ele apresenta conceitos inovadores sob a forma como podemos produzir mais em menos tempo e, acima de tudo, despertar o nosso maior potencial e mantê-lo de forma sustentável.


2/23/2012

HBDI: Qual é a tua cor?


Recentemente tive uma formação sobre o modelo HBDI - Herrmann Brain Dominance Intrument, i.e, o Modelo de Preferências Cerebrais desenvolvido por Herrmann.

É uma ferramenta que contribuiu de forma significativa para o meu autoconhecimento e melhor relacionamento inter-pessoal.

Herrmann desenvolveu um modelo que permite identificar as preferências cerebrais de cada indivíduo e as suas formas habituais de adquirir informação, de perceber o mundo e as pessoas, de realizar uma dada tarefa.