
Se fosse usar uma alegoria, diria que a pior parte de mim é uma criança insolente e mimada, que quer fazer apenas aquilo que lhe apetece e se interroga como se atreve o Universo a não lhe obedecer! Se não estivermos conscientes, é fácil dar o controlo ao eu-diabinho, deixar que as nossas emoções mal conduzidas assumam o comando.
Ao reflectir sobre isto, ocorreu-me um insight... já te aconteceu saber que devias fazer algo mas não te apetecer? Entretanto, por uma inspiração inesperada, ultrapassares a resistência e fazeres? E no final perceber que a barreira do "não me apetece" que parecia intransponível fora fácil de vencer e dera lugar a uma sensação de bem-estar, de poder, de realização?
A este acto de vencer a barreira do "não me apetece" eu gosto de imaginar como o músculo da vontade. Como qualquer outro músculo, precisamos de o exercitar para o fortalecer. Da mesma forma que um corpo atlético ultrapassa levemente qualquer obstáculo, o músculo da vontade dissipa os caprichos emocionais para podermos realizar aquilo que escolhermos. É um poder invejável: ser capaz de escolher qual é a identidade que queremos encarnar em cada momento.
A este respeito, li algures que o que diferencia as pessoas de sucesso é que elas fazem o que é necessário e não o que lhes apetece.
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