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2/16/2013

De chefe a líder


A figura do chefe é por vezes mal vista. Quem é que nunca teve algum dia um problema com um chefe? Problemas vão sempre ocorrer: somos todos humanos, a aprender e a cometer erros. Por isso, ser um chefe, mais ou menos odiado, é fácil. O desafio consiste em ser mais do que um chefe e tornar-se num líder.

Eu sou fascinada pelo tema da liderança porque já senti o seu efeito em mim, ou seja, já comparei o meu desempenho na mesma função num ambiente  com uma excelente liderança versus outro com uma  liderança menos forte.

Isto aconteceu numa empresa onde o primeiro ano foi desafiante e difícil: o ritmo de trabalho era demasiado intenso e parecia que o meu desempenho nunca era bom o suficiente. Sentia-me constantemente a correr atrás do prejuízo. Um desgaste que me custou algumas lágrimas, frustração e cabelos brancos. Entretanto mudei de chefia, passei a reportar a outra pessoa e tudo mudou. Bem, não tudo, porque o ritmo continuou acelerado! Mas, a minha motivação aumentou, a minha confiança também, o meu desempenho melhorou significativamente e o meu trabalho passou a ser reconhecido e respeitado, com visibilidade até à direcção da empresa.

Como é que isso foi possível?

2/09/2013

Árvores e arbustos

É sabido que quando vertemos muita água num copo pequeno este transborda. O problema não é a quantidade de água, mas a dimensão do copo.

Da mesma forma, quando dá uma brisa, as árvores grandes e robustas ondulam subtil e docemente... enquanto os pequenos arbustos se agitam sem controlo.  A brisa é um estímulo demasiado intenso para o pequeno arbusto.

Acontece o mesmo com o entusiasmo e a adrenalina. As pessoas maduras e experientes são como as árvores seculares: o seu entusiasmo é sereno. Perante uma situação de stress ou a adrenalina de uma novo desafio, fazem acontecer de forma enérgica mas tranquila. E as pessoas mais imaturas? São como os pequenos arbustos, com explosões alternadas de entusiasmo, desânimo, stress ou frustração. Agitam-se violentamente numa instabilidade de emoções, desperdiçando a energia necessária para fazer acontecer.

Eu, que muitas vezes me sinto um pequeno arbusto ao vento, intensamente agitada pelos novos desafios, admiro as sábias árvores seculares. Por isso, quando a brisa é mais forte, imagino-me igual a elas: um tronco sólido sobre firmes raízes. Um dia serei assim!

2/03/2013

Decisiveness


Um defeito dos perfecionistas, onde eu tendo a me incluir, é a dificuldade em tomar decisões. Há uma espada dentro de nós que nos pune se não tomarmos a decisão perfeita. Há uma aversão ao erro. E como é impossível conhecer e avaliar à partida todas as variáveis, adiámos a decisão. Muitas vezes acontece-me adiá-la até que já não haja nada para decidir, porque as opções se esgotaram. A verdade é que "não decidir" já é uma forma de decisão.

As pessoas com maior sentido prático não sentem este problema, elas simplesmente decidem, sem maiores considerações existenciais de qual é a decisão correcta.

Decidir é uma das competências essenciais para a liderança. Já alguma vez tiveste um chefe que era incapaz de decidir? A falta de decisão gera insegurança e incerteza na equipa. Um líder precisa de demonstrar coragem, de definir o rumo, tomando decisões, mesmo quando estas sejam difíceis.

Por tudo isto, achei oportuno definir como objectivo pessoal para 2013 aumentar a minha capacidade de tomar decisões, ou seja, a minha decisiveness. Considerando que a liderança é um dos activos mais escassos no planeta, nada melhor do que começar a desenvolvê-la em nós!