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8/04/2012

Utopias

Confesso: por vezes dá-me para a filosofia e outras vezes para a utopia. Essa minha vertente idealista faz com que não me sinta nada orgulhosa da sociedade e da humanidade a que pertenço. Conheço e admiro as grandezas de que o espírito humano é capaz, mas quando faço a média de todos os humanoidezinhos que habitam a Terra, digamos que eu vejo muitas oportunidades de melhoria!

Nas minhas divagações idealistas penso muitas vezes para onde é que a humanidade caminha? Será que nos últimos milénios a humanidade realmente "evoluiu"? É suposto a experiência acumulado nos tornar mais sábios e, com o passar das eras, construirmos sociedades cada vez mais harmoniosas? Ou a nossa natureza é a que conhecemos e estamos condenados a repetir infinitamente a história? É suposto que os exemplos de pessoas grandiosas, iluminadas, capazes de grandes feitos, se propague e arraste lentamente a massa humana para esse padrão? Ou os génios da humanidade imigram para outras paragens, tal como fez Fernão Capelo Gaivota, permanecendo a massa humana inerte, sempre no mesmo patamar?

Como é que deveria ser o mundo? Bem, são muitas perguntas. Existem respostas possíveis:

Resposta Fácil nº 1:
Deus criou o homem e deu-nos as suas leis, a moral que devemos respeitar. Mas nós, caídos em pecado, prevaricamos continuamente. Por isso, vermes mortais, espera-nos o fogo do inferno para expiar as nossas culpas.

Resposta Fácil nº 2:
Deus não existe, não há leis nem moral. A vida é uma selva, cada um por si, salva-se quem puder. Os meios justificam os fins.

Resposta difícil nº 1:
O universo não tem certo nem errado. O universo é simplesmente a experiência de existir, a diversidade do UM. No mesmo universo convivem a ternura do cachorro, a vivacidade do golfinho, a delicadeza da borboleta e a ferocidade implacável do tubarão.

Não existe um destino certo, um ideal para o qual caminhemos fatalmente. Existe, isso sim, o resultado das nossas opções. Seremos sempre aquilo que escolhermos SER.

Pergunta difícil nº 1:
E tu, o que queres SER?

2 comentários:

  1. O que sou: moralista caíndo em pecado pontualmente.
    Sou cachorro e golfinho.
    Pragmaticamente estamos a caminhar fatalmente...
    Quero acreditar que todos, mas temos que ser mesmo muitos, para ainda irmos a tempo...
    Eu vou sempre lutar por isso.

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    1. :) Golfinho e cachorro é uma combinação fofa!

      Quando era adolescente tinha a ilusão de mudar o mundo. Hoje já não tenho ambições tão ousadas, fico feliz se o mundo não me mudar a mim!

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