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1/07/2013

Cuidado: queixas!

Uma vez estava a negociar uma compra. A vendedora era sui-generis. Uma senhora amarga, ao que parece a vida não lhe sorriu, passava 40 minutos em cada hora a lamentar-se da maldade alheia, da falta de solidariedade, da inveja, da falta de carácter. Na sua perceção, o inferno eram os outros.

Resultado? Essa vendedora revelou-se ser tudo aquilo do qual se queixava: sem palavra nem carácter. Essa experiência levou-me a ficar alerta. É muito provável que uma pessoa que se queixa contra algo acabe manifestando aquilo de que se queixa ou que critica. Apontamos um dedo mas três apontam para nós.

A conclusão que eu tiro é que a forma como vemos o mundo diz mais sobre nós do que sobre o mundo.

4 comentários:

  1. Muito bom Cristi, ultimamente engulo em seco sempre que penso alguma coisa em relação a alguém exactamente por achar que existem muitos ecos e espelhos na nossa existência acho assustador como isso se tem tornado claro.

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    1. :) Não lhe chamaria assustador. Tudo aquilo que gera mais auto-conhecimento é bem-vindo. Muitas vezes assustamo-nos com a sombra dos nossos fantasmas mas basta trazê-los à luz do dia para eles se evaporarem!

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  2. Boa lição: vou passar a apontar aos outros utilizando a todos os dedos da mão a partir de hoje. Obrigado.

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