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7/21/2013

Fator C

Quando um colega meu comunicou que ia sair da empresa para agarrar outro desafio, levantou-se um problema: encontrar alguém à altura de o substituir.

Ao falar sobre isso com a chefe da equipa, elencamos várias alternativas, entre elas promover outro colega. Mas percebemos rapidamente que ele  não é a pessoa certa. Reúne todo o conhecimento necessário, é tecnicamente competente, não lhe falta nada... só lhe falta acreditar em si próprio! Isso faz toda a diferença e é chocante. Leva-me a pensar, quantas vezes é que eu já cortei as minhas próprias asas? Quantas vezes eu poderia ter ido mais longe e não fui, por falta de confiança e de maturidade.

Eu tenho uma angústia de perceber qual é o meu potencial. À medida de saimos da nossa zona de conforto, aumentámo-la... ficamos mais confiantes, mais poderosos, geramos mais impacto, fazemos a diferença... mas onde é que isso acaba? Será que acaba? Ou podemos crescer indefinidamente? Até onde é que vai o nosso potencial? Como é que o materializamos?

Isto conduz-me à história de outro rapaz, com pouco mais de 20 anos, que desistiu da faculdade ao final de poucos meses.Simpatizante da cultura hippie, aventura-se pelas drogas, vestia-se mal, andava descalço, tomava banho uma vez por semana e fedia, tinha um feitio difícil que muitas vezes era má educação insultuosa. Ou seja, a embalagem perfeita para o fracasso.

Apesar de tudo isso, as portas abriam-se para ele. Empresários, investidores, profissionais talentosos aceitavam trabalhar com ele. Embora reconhecessem que a sua "roupagem" era desadequada, diziam: “eu vi qualquer coisa nele...”. Aquilo que viam nele era uma vontade implacável e uma confiança absoluta em si próprio e na possibilidade de concretizar os seus objetivos. A sua certeza era tão absoluta que, apesar de toda a roupagem lhe ser desfavorável, as portas abriam-se... aliás, ele arrombava-as. Esse rapaz era Steve Jobs e a sua fúria revolucionou várias indústrias e deixou um vasto legado à humanidade.

Ouvimos estas histórias e pensamos: “Bah, ele fez isso porque era um génio e os génios são uma espécie à parte!”. Este é o pensamento da medianidade e é preciso coragem para sair dele. Todos nós temos um génio em potencial, à espera de ser libertado. Para isso, devemos aplicar o fator C. C de Confiança. Confiança em nós próprios, para sairmos da zona de conforto e fazermos a diferença.

2 comentários:

  1. Olá cara mentora,
    gostaria de deixar um "like" mas dado não estar a activa essa opção aqui fica o meu testemunho escrito.
    Grata pela partilha

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    Respostas
    1. Sunshine é um nome apelativo :)
      Obrigada! Estavas presente quando eu fiz este discurso, não estavas?
      Beijinhos!

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