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8/12/2012

Poliglotas

Há pessoas que têm uma facilidade natural para aprender línguas, algo que eu invejo, pois não nasci com esse dom. O que para mim são horas de estudo, para outros surge naturalmente pelo simples contacto com a língua.

Falar várias línguas permite-nos viajar pelo mundo e comunicar-nos com as pessoas de cada local, perceber as suas culturas, enriquecer-nos mutuamente. Sem essa capacidade, se todas as pessoas apenas falassem a sua língua, o mundo era muito mais pobre, literalmente. E a globalização seria tecnicamente possível, mas humanamente impraticável. 

Entretanto, não é só no mundo que existem muitos países e muitas línguas. Nas empresas isso também acontece. E entenda-se empresa no sentido lato, incluindo todo o empreendimento que pretendamos materializar.

Facilmente, numa mesma reunião, podem estar pessoas que falam comercialês, marktês, informatês, contabilês, financês, advogadês ou enginheirês. Nesse cenário, a pessoa que for capaz de falar as várias "línguas" é aquela que consegue gerar mais impacto, conjugar o esforço de todas as áreas e produzir resultados.

Desta forma, para liderar ou empreender com sucesso, também é preciso ser um "poliglota".

5 comentários:

  1. Estou convencido que num futuro não muito longínquo, será «fácil» ser-se «poliglota» e provavelmente a globalização será tecnicamente possível. E o segredo estará aí:precisamente na tecnologia. Eu também tenho dificuldade em línguas (excepção no inglês e «arranho» um pouco de francês), mas estou absolutamente crente que dentro de alguns anos, ao telefone o teu interloutor ouvirá em chinês, o que dizes em português. Que numa reunião multilingue, haverá microfones sem fios, adaptáveis ao ouvido que te permitirão ouvir na tua língua e «expressares-te» na dos restantes.
    Isto será particularmente excelente para mim, e infelizmente banalizará os verdadeiros poliglotas.Eh,eh,eh...
    Até lá, marranço, google tradutor e afins.

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  2. Ah e indo à tua segunda abordagem das diferentes matérias numa reunião: dentro de muitos anos (já não vou presenciar certamente), acredito que a «memória» e «conhecimento» sejam adquiridos por chips ou sdcards.
    Isto é o nosso cérebro permitirá a absorção por aquelas vias de doses incríveis de conhecimento (incluindo línguas), permitindo em algumas horas ou poucos dias estares apto ás intervenções, abordagens ou decisões que precisares.
    Até lá, a mesma receita: muito marranço e investimento no conhecimento.

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    1. Não te sabia tão adepto das tecnologicas, lol :)Elas realmente são muito úteis, mas eu não sou tão entusiasta!

      Em vez disso, eu sou fascinada pela capacidade e poder do cérebro humano, mesmo que maioritariamente o desconheçamo. Sou fascinada pelo homem e as suas capacidades, mas arrepia-me qualquer visão de um "homem máquina". A máquina pode armazenar gigas de conhecimento, mas não atinge algo mais subtil e infinitamente mais poderoso: a sabedoria!

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  3. Eu sou mto entusiasta e crente nas novas tecnologias. Proporcionam e proporcionarão cada vez mais, doses infinitas de conhecimento, informação, produtividade. Cada vez invisto mais neste tipo de conhecimento em detrimento de outras áreas mais relacionais ou humanas. São fases da vida.Até há 7 ou 8 anos investia mais em conhecimento destas. Mas hoje o feeling diz-me que não posso é ficar para trás naquelas.
    Noutro ponto que tocas:sabedoria.
    Como defini-la? Conhecimento+inteligências+experiência+ 1 data de coisas...
    Mas para mim mais importante que ter ou mostrar sabedoria, deve ser concretizá-la, aplicá-la, produzir coisas verdadeiramente úteis. Para nós e sobretudo para os outros.Partilhá-la também e
    é contribuir para mais harmonia e bem-estar de todos.
    A máquina neste particular ganha: na sua sabedoria, produz, concretiza e pode partilhar.

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    1. Nesse caso, parece-me que estamos em fases trocadas. Eu ainda estou na primeira :)

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