Embora sejam ambas aves com bico e penas existem diferenças espantosas:
A galinha...
- Existem aos milhares!
- Tem medo.
- Não voa.
- Come restos de comida ou cisca insectos no chão.
- O final da sua vida é a panela.
- Vive num lugar limitado: o galinheiro.
A águia...
- É um animal raro.
- Tem asas fortes e grande envergadura.
- Voa alto: habita as alturas a que poucos animais chegam.
- Tem uma visão ampla
- Caça o seu alimento e, por isso, decide o que vai comer. Não come restos!
- Tem uma grande capacidade renovação: troca as penas, o bico, as garras e volta para uma nova fase da sua vida de águia.
Quem é quem?
O empregado padrão comporta-se como uma galinha: fica ciscando de um lado para o outro, não pensa, limita-se a apertar o botão, faz actividades de rotina que qualquer outra pessoa pode fazer com um mínimo de treinamento, é facilmente substituível. Tal como a galinha: põe ovo, dorme, fica ciscando, põe ovo, dorme, até ao dia em que não consegue mais pôr ovo e vai para a panela fazer canja.
A águia é o empreendedor. Aquele que tem foco nos seus objectivos, adquire experiências, gera contactos, cria reputação, aumenta o seu valor de mercado: esse é o caminho da águia, o caminho de quem voa alto, sem olhar para trás nem para os lados. A galinha fica com medo, juntinha, olhando uma para a outra, vendo o que a outra está a fazer; tentando ser leal ao dono do galinheiro, pondo um ovo todos os dias, sendo boazinha, sem saber que o relógio está em contagem decrescente para ela se tornar canja.
A fábula da Águia e da Galinha fala de uma águia que foi criada dentro de um galinheiro como se fosse uma galinha. Ela não sabe que é uma águia e, para além disso, adquiriu hábitos de galinha. Está protegida pelo sistema do galinheiro, onde tem comida, não precisa caçar, tem a sua sobrevivência garantida. No entanto, a sua identidade é de águia e a qualquer momento pode optar por sê-lo.
Mas como pode ela tornar-se águia? Em primeiro lugar precisa ter consciência dessa sua identidade e depois verificar quais são as suas referências. Elas estão no chão, no galinheiro, ou elas estão nos ares, voando? É preciso conhecer a nossa identidade, mas também adoptar boas referências para alçar o voo.
O vídeo abaixo explora este tema de forma interessante:
A liberdade da águia fascina-me, apaixona-me. A liberdade de quem é tão forte e tão seguro que conquista as alturas. Ser senhor do seu destino. É inspirador :)
Felizmente conheço algumas águias e elas são a minha referência. Algumas voam tão alto que ao seu lado eu sinto-me uma galinha no ninho da águia: apaixonada pela sua visão, mas ainda sem saber voar!
E tu? Quem são as tuas referências?
Sou fanático do Benfica. Grande texto.
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