Páginas

7/28/2013

Ginásio para a mente

Eu sou da geração que cresceu com máquinas de calcular. Para além de fazerem contas, as máquinas de calcular fazem-nos preguiçosos.

Necessitar de uma máquina de calcular para fazer contas é como precisar de muletas para andar. Com muletas somos capazes de andar, mas de forma desajeitada e lenta, com dificuldade de contornar os obstáculos do caminho. E se elas nos falham, não damos nem um passo.

Mas existem os atletas, de corpo sadio e treinado, senhores dos seus passos, movendo-se com agilidade. Da mesma forma há quem tenha músculos mentais... em poucos segundos fazem deduções, extrapolações, apuram rácios, calculam resultados, tomam decisões. É espantoso vê-los em ação!

Por isso, decidi entrar para o ginásio... da mente. Comecei por regressar à infância para recapitular a velha tabuada. Seguiram-se treinos intensos de cálculo mental onde tudo serve de desculpa...até as matrículas dos carros que inocentemente se cruzam por mim.

Levar a mente para o ginásio pode não fazer de nós atletas de alta competição, mas faz-nos chegar mais longe!

7/21/2013

Fator C

Quando um colega meu comunicou que ia sair da empresa para agarrar outro desafio, levantou-se um problema: encontrar alguém à altura de o substituir.

Ao falar sobre isso com a chefe da equipa, elencamos várias alternativas, entre elas promover outro colega. Mas percebemos rapidamente que ele  não é a pessoa certa. Reúne todo o conhecimento necessário, é tecnicamente competente, não lhe falta nada... só lhe falta acreditar em si próprio! Isso faz toda a diferença e é chocante. Leva-me a pensar, quantas vezes é que eu já cortei as minhas próprias asas? Quantas vezes eu poderia ter ido mais longe e não fui, por falta de confiança e de maturidade.