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3/28/2013

O Vento


Jovem alegre, dinâmico, envolvente
irrequieto
toca-me, fluído
e eu dissolvo-me docemente.
Com ele percorro a imensidão
abraço o todo
de forma fresca, vívida, ondulante.
Ondas que percorrem o meu corpo
nas curvas do olhar e do sorrir.
E o meu coração exala
espairando-se no existir,
onde descobre admirado
o infinito na parte
de existências iguais a si,
que beija
apaixonado.

3/17/2013

Zona de conforto e zona de pânico

Olho ao meu redor e vejo pessoas "inutilizadas" pelo mercado de trabalho. A competência que desenvolveram não é mais valorizada. Outrora tiveram uma vida de conforto e sucesso e a perda do emprego gerou o colapso. Choram o apoio do Estado e quando este falha podem chegar a situações dramáticas.

Esta visão do ser-humano débil e dependente angustia-me. Não é esta a nossa natureza. Está latente em nós o poder de comandar o nosso destino em vez de sermos escravos dele.

No entanto, desenvolver esse poder requer treino, tal como um músculo que se não for exercitado atrofia. Neste caso o treino consiste em procurar sempre ampliar as nossas competências e as nossas capacidades, em resumo, sair da zona de conforto.

3/15/2013

Aquietamento


Árvores.

A sua dança suave e delicada ao ritmo da brisa embala a minha mente como a mãe carinhosa que embala o seu filho até ele se aquietar.

Gosto de estar rodeada de árvores, da mesma forma que a criança chora se a mãe se ausenta.


3/11/2013

Experiência Socialista

Depois de ter divagado um pouco sobre política no post anterior, encontrei uma parábola sobre o socialismo e as suas contradições. Por ser tão clara e elucidativa, partilho-a abaixo.

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Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas uma vez, tinha chumbado uma turma inteira. Esta turma em particular insistira que o socialismo funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo".

O professor então disse, "Muito bem, vamos fazer uma experiência socialista nesta turma. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames."

3/03/2013

Esquerda ou Direita

Não gosto de política e  isso inquieta-me. Os tempos que correm são conturbados e o cidadão consciente deve ter uma posição política. Pergunto-me: serei de esquerda ou de direita?

Não sou da direita que abandona os miseráveis à sua sorte e que entende a "liberdade de mercado" como uma luta entre desiguais.

Também não sou da esquerda que nos trata como crianças indefesas que necessitam de ser protegidas da mais leve brisa. Não acredito no Estado que defende o cidadão e os seus interesses. O Estado é um conjunto de burocratas que não defendem outros interesses excepto os seus ou os dos seus lacaios. O cidadão não deve delegar em ninguém a responsabilidade de zelar pelos seus interesses e pelo seu futuro.

Não sou da esquerda nem da direita que acenam ideologias e gritam críticas presunçosas, mas não revelam os fundamentos económicos dos problemas que vivemos. Que solução pode propor quem não entendeu o problema? Apenas demagogia.